Estudantes da Imprensa Jovem da Prefeitura de São Paulo participam do Primeiro Seminário Sobre Monitoramento de Microplásticos e reforçam papel da juventude nas ações climáticas rumo à COP30

 



Da zona leste de São Paulo à COP30, estudantes mostram que a luta contra a poluição marinha começa na conscientização – e no poder das pequenas escolhas, Centro de Referência da USP vai monitorar poluição marinha e apresentar dados na conferência internacional em Belém

 No dia 13 de março de 2025, estudantes da EMEF Professor José Mário Pires Azanha, da zona leste de São Paulo, marcaram presença no Primeiro Seminário Sobre Monitoramento de Microplásticos, realizado no Instituto Oceanográfico da USP. Acompanhados das educadoras Danielle Ramos e Erika Monfardini, os jovens integrantes da Agência de Notícias Imprensa Teen Azanha e do Sarau do Clima acompanharam o debate sobre os impactos da poluição marinha e a inauguração do CELMAR-CNPq (Centro de Referência Para a Quantificação e Tipificação do Lixo do Mar), liderado pelo professor Doutor Alexander Turra.

Foto: da esquerda para a direita Davi Henrique, Isabella Andreza, Danielle Ramos (Educadora), Alexandre Moreno (Voz dos Oceano), Bianca Fernandes, Erika Monfardini (Educadora), Lorena de Oliveira, Vinícius Ribeiro e Ana Gonçalves                 

 A poluição marinha por microplásticos é um desafio global, com impactos no ambiente e na saúde. O CELMAR – CNPq (Centro de Referência Para Quantificação e Tipificação do Lixo do Mar), ligado a Cátedra UNESCO de Sustentabilidade Oceânica da USP, foi inaugurado no dia 13 de março de 2025. O centro, liderado pelo Prof. Dr. Alexander Turra, oferece infraestrutura avançada para pesquisas sobre poluição marinha, começando com um estudo pioneiro sobre microplásticos em bivalves(moluscos) coletados na costa brasileira.

O estudo foi motivado pela expedição “Voz Dos Oceanos” (2024), que percorreu mais de 9 mil quilômetros coletando amostras de 15 estados. Com equipamentos de alta tecnologia doados pela Shimadzu, o CELMAR analisará as amostras, e os resultados serão apresentados na COP30, em Belém (2025). O centro representa um avanço crucial no combate à poluição marinha e promoção da segurança alimentar.

Em entrevista com os estudantes, Alexandre Moreno, gerente de comunicação do Movimento Voz dos Oceanos, reafirmou a importância da parceria entre o Instituto, a Shimadzu e o Movimento, “o estudo vai mostrar o mapa da poluição de microplásticos precisamente na Costa Brasileira e ao mesmo tempo um mapa de quão comprometida está nossa saúde alimentar pela ingestão desses bivalves”.



Foto: da esquerda para a direita: Alexandre Moreno (Voz dos Oceanos), Alexander Turra (Coordenador da Cátedra da Unesco) e Eduardo Siegle (Diretor do Instituto Oceanográfico USP).

Entre os participantes do Seminário estavam Eduardo Siegle, da Diretoria do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo, Alexandre Moreno, da Voz dos Oceanos, Suzane de Oliveira, do Instituto Técnico Federal do Paraná, Cláudia Condé Lamparelli, do Setor das Águas Litorâneas e Juarez Araújo Silveira, Shimadzu Brasil.

O Professor Doutor Alexsander Turra abriu a primeira mesa com a participação de especialistas, de forma presencial e remota, para que cada um abordasse um pouco a relevância do Centro de Referência para Qualificação Tipificação do lixo do mar no estudo do microplástico relacionado ao seu setor de trabalho. Foi apresentado um vídeo do Laboratório, que segundo Turra “a gente tem uma diversidade, uma versatilidade muito grande para poder analisar as partículas e muito além, ou seja, esse equipamento não serve só para analisar microplásticos, serve para analisar uma série de outras coisas(...)”

A Doutora Suzane de Oliveira, do Instituto Técnico Federal do Paraná apresentou um estudo do impacto do microplástico na vida marinha e como isso pode afetar também os seres humanos, reforçando a urgência do tema.


Em entrevista às estudantes Bianca Fernandes e Isabella Andreza, o professor Turra, destacou que: "O centro não só monitora, mas orienta ações concretas contra a poluição", enfatizando que os microplásticos já contaminam a cadeia alimentar. A especialista Cláudia Condé (CETESB) reforçou o chamado à ação: "Podemos substituir plásticos no dia a dia – como copos e canudos – e pressionar por mudanças sistêmicas".

O seminário fortaleceu parcerias entre academia, governo e projetos, com os estudantes da rede pública protagonizando a disseminação de conhecimento sobre emergência climática. Para as educadoras, a experiência conecta a sala de aula aos desafios globais: "Eles não são só o futuro; já estão escrevendo a história". O evento foi necessário para dar visibilidade à essas ações que são fundamentais para a preservação do planeta e dos seres vivos que nele habitam. 

 

Confira na íntegra as entrevistas: 

           

CRÉDITO

Por Bianca Fernandes e Isabella Andreza, integrantes do Imprensa Teen Azanha com a supervisão das educadoras Erika Monfardini e Danielle Ramos.


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