No dia 3 de julho de 2025, o palco do Anime Friends — um dos maiores festivais de cultura pop asiática do Brasil — foi cenário de um momento histórico: a apresentação ao vivo do grupo Big Ocean, o primeiro grupo de K-pop formado exclusivamente por integrantes surdos. O evento, realizado em São Paulo, reuniu milhares de fãs de anime, cultura coreana e música pop, e teve sua narrativa transformada por um espetáculo que uniu talento, acessibilidade e representatividade.
Big Ocean está revolucionando a indústria do entretenimento ao provar que a música pode ultrapassar as barreiras da audição. Com coreografias impactantes e o uso da KSL (Língua de Sinais Coreana) e ISL (Língua de Sinais Internacional), o grupo mostra que o K-pop também é um espaço para a diversidade. Suas apresentações emocionam e inspiram, rompendo com padrões tradicionais e reforçando a mensagem de que a inclusão é não só possível, como necessária.
Quem registrou essa experiência de perto foi a estudante Letícia Evelyn Leite Brum Gonçalves, do 1º ano do Ensino Médio da EMEF Prof. Derville Allegretti, por meio da Imprensa Jovem, um projeto educacional que incentiva estudantes a produzirem jornalismo a partir de suas vivências culturais e sociais.
Fã de K-pop desde 2017 e admiradora do BTS, Letícia teve a oportunidade de representar sua escola no festival. Com olhar sensível e voz ativa, ela não apenas acompanhou a apresentação como também refletiu, enquanto jovem jornalista, sobre o significado daquele momento para o cenário musical e para a comunidade surda.
“A emoção foi indescritível. Eles mostraram que a música vai além do som. Foi uma experiência transformadora e inspiradora”, comenta Letícia.
A cobertura da Imprensa Jovem reforça o papel da escola como espaço de formação crítica e cidadã, permitindo aos estudantes vivenciarem o jornalismo como ferramenta de expressão, protagonismo e transformação social. A atuação da EMEF Prof. Derville Allegretti, ao estimular essa participação, amplia os horizontes da educação e fortalece o debate sobre diversidade e inclusão.
O exemplo do Big Ocean, somado à atuação de Letícia e sua equipe, nos lembra que todos devem ter o direito de ocupar os palcos — sejam eles físicos, sociais ou simbólicos — e que a juventude tem papel fundamental na construção de um mundo mais acessível, plural e justo.
Por Letícia Evelyn Leite Brum Gonçalves
Foto: Reprodução/amino
Imprensa Jovem da EMEF Prof. Derville Allegretti
Saiba mais https://www.instagram.com/imprensajovemderville
Comentários
Postar um comentário