O ciberbullying é uma das formas mais comuns de violência entre crianças e adolescentes no ambiente digital. Muitas vezes começa como uma “brincadeira”, mas pode causar sérios danos emocionais, sociais e até acadêmicos. O vídeo Imprensa Jovem no Ar – Ciberbullying apresenta dados preocupantes, como o fato de 27,6% dos estudantes afirmarem já terem sido vítimas e apenas 34% conhecerem a lei que torna essa prática crime. A produção também traz dicas importantes de prevenção, como manter a privacidade online, bloquear agressores e nunca sofrer calado.
Para apoiar professores e escolas na abordagem do tema,
foi criada uma proposta de aula de 45 minutos, que inclui a exibição do vídeo,
atividades colaborativas em grupo, debate orientado e um quiz de múltipla
escolha. O objetivo é promover a reflexão crítica, incentivar a empatia e
construir, de forma coletiva, estratégias de proteção e acolhimento. Conversar
sobre o ciberbullying é fundamental para que a internet seja um espaço seguro e
de respeito para todos.
📘 Plano de Aula
Tempo total:
45 minutos
Faixa
etária: 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental
Recursos:
projetor ou TV, caixas de som, computador, celular dos estudantes (opcional),
folhas ou formulários digitais (Google Forms/Kahoot).
1. Abertura (10 min)
História disparadora
O professor conta a seguinte história:
Precisamos pesquisar em sites confiáveis, porque nem tudo na internet é
verdadeiro. Durante a apuração, descobrimos um caso preocupante: uma estudante
vinha sofrendo comentários maldosos e humilhações nas redes sociais. O que
parecia apenas uma ‘brincadeira’ virou um problema grave, que mexeu com seu
desempenho escolar e sua autoestima. Essa situação é um exemplo de ciberbullying.”
Após a narrativa, o professor pergunta:
●
O que diferencia uma “brincadeira” de uma agressão?
● Quem aqui já ouviu falar em ciberbullying?
2. Exibição do vídeo (7 min)
●
Assistir ao episódio Imprensa Jovem no Ar – Ciberbullying.
●
Solicitar que os alunos anotem 2 pontos que mais chamaram atenção durante o vídeo.
3. Atividade colaborativa (15 min)
Dinâmica “Rede de Apoio”
●
Dividir a turma
em grupos de 4 a 6 alunos.
●
Cada grupo deve construir um mapa de apoio para uma vítima de ciberbullying, respondendo:
1.
Quem pode ajudar? (amigos, professores, família,
polícia, plataformas digitais etc.)
2.
O que fazer imediatamente?
3.
O que não deve ser feito?
Os grupos apresentam rapidamente (1 min cada). O
professor registra em quadro as principais ideias, formando um guia coletivo de prevenção.
4. Debate orientado (5 min)
Perguntas disparadoras:
●
Por que algumas pessoas praticam ciberbullying?
●
Como podemos transformar a escola em um espaço de
acolhimento e proteção digital?
5. Avaliação – Quiz de múltipla
escolha (8 min)
Pode ser feito no papel ou no digital (Google
Forms/Kahoot).
Perguntas:
- O que
caracteriza o ciberbullying?
a) Discussões presenciais na escola.
b) Brincadeiras saudáveis entre amigos.
c) Intimidação e humilhação pelas redes sociais. ✅
d) Uso excessivo da internet.
- Qual é um dos principais
sinais de que uma criança pode estar sofrendo ciberbullying?
a) Melhorar as notas.
b) Evitar redes sociais ou esconder o celular. ✅
c) Participar mais de atividades esportivas.
d) Ficar mais falante e alegre.
- Segundo a reportagem, qual
porcentagem dos estudantes afirmou já ter sido vítima de ciberbullying?
a) 10%
b) 27,6% ✅
c) 50%
d) 34%
- A lei sancionada em 2024
determina que:
a) O ciberbullying é apenas uma falta disciplinar.
b) O ciberbullying não tem punição.
c) O ciberbullying é considerado crime no Código Penal. ✅
d) O ciberbullying é resolvido apenas dentro da escola.
- O que
a vítima deve fazer para registrar um caso de ciberbullying?
a) Ignorar as mensagens.
b) Guardar provas e fazer boletim de ocorrência. ✅
c) Apagar imediatamente todas as mensagens.
d) Se vingar do agressor.
6. Encerramento (até 2 min)
O professor reforça:
● O ciberbullying não é brincadeira.
● Denunciar e pedir ajuda é sempre o caminho.
● A internet deve ser usada para conectar e apoiar, nunca para ferir.
As ações educomunicativas de intervenção social contra o ciberbullying podem incluir a produção de podcasts e minidocumentários com entrevistas e dramatizações, campanhas fotográficas e de redes sociais com mensagens positivas, criação de jornais murais e blogs informativos, além de teatro fórum e hackathons digitais que envolvam toda a comunidade escolar. Essas iniciativas promovem a reflexão crítica, estimulam o protagonismo juvenil e fortalecem uma cultura de respeito e acolhimento tanto no ambiente escolar quanto no digital.
Desenvolvido por Carlos Lima: Educomunicador e professor
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